Há muitas pessoas que perguntam à menina quem, de fato, ela é.
Há muitos que querem saber o que a menina pensa.
E insistem.
E ela então se pergunta até que ponto essas pessoas suportariam conhecer a menina que se esconde por trás da menina . . .
Não há só uma essência na menina.
Ela não é una.
É múltipla, plural.
Ela não carrega consigo uma só verdade, porque acredita que a verdade tem mil facetas distintas.
A menina é alguém que gosta de olhar fundo nos olhos dos outros, que gosta de sorrir rasgado e que sempre ri de si mesma.
A menina é alguém que não finge sentimentos.
Se ela ama, se entrega.
Se despreza, dá as costas.
Ela não finge ser simpática.
Com ela é assim: Se gostou, seja bem-vindo. Se não gostou, vá em paz.
(E talvez, por isso, muitos não saibam como agir ou o que esperar da menina)
Ela é alguém que gosta do risco.
Dos que se arriscam.
Dos que, assim como ela, não tem medo de dar a cara à tapa.
A menina é alguém que gosta, ainda, dos que a desafiam.
Dos que a arrancam do tédio.
Dos que tocam fundo seus sentimentos . . .
Ela é alguém que gosta do tudo ou nada.
Daquilo que é morno, ela quer distância.
A menina é uma pessoa que está realmente feliz com aquilo que tem.
Mas que não se contenta com isso.
Não se acomoda.
Os sonhos da menina estão sempre lá adiante, tocando as estrelas.
A menina é alguém que não se deixa, jamais, paralisar por seus medos e inseguranças.
Ela é alguém que se joga naquilo que acredita.
E a menina é alguém que erra.
Que erra muito.
E que erra feio.
Mas que jamais deixa de tentar por medo de errar.
A
menina é alguém que, a despeito de quaisquer reveses, sempre seguirá
adiante, pois sabe que tem como nome a própria coragem. . .
Este texto, de minha autoria, está postado em http://drepente30.blogspot.com/, onde escrevo como convidada aos domingos.
Caso deseje copiá-lo, sinta-se à vontade, porém peço a gentileza de que respeite a autoria e cite a fonte.
Grata.
Andréia B. Borba