segunda-feira, 5 de novembro de 2012

...and people cry...

*As pessoas choram não porque são fracas e sim porque tem sido fortes por tempo demais...


Hoje me sinto exatamente assim...

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Olá pessoas queridas!
Como estão?
Gostaria de explicar a vocês o motivo do meu sumiço aqui do blog...
Ocorre que, nos últimos tempos, minha vida anda simplesmente uma LOUCURA TOTAL!
Só para vocês terem uma ideia, passei os meses de dezembro, janeiro e fevereiro enlouquecida terminando minha dissertação de mestrado para defendê-la em março. 
Em abril descobri que minha mãezinha está com câncer no cérebro (e ela já havia tido câncer no útero e recém havia curado um câncer no pulmão).   ):
Em maio, dia 26, casei, após 7 anos e 8 meses junto com meu amor.
E agora, em junho, quando eu recém havia voltado de Lua de Mel recebi a notícia de que minha mãe estava hospitalizada com infecção generalizada.

Pois bem, meus queridos, eis minha justificativa para o sumiço.

Mas aos pouquinhos estou voltando. ;)


E enquanto eu não volto à ativa, deixo uma fotinho do casório para que vocês possam dar uma espiadinha:



Bjs!
Déia

PS: Este mesmo post também está em meu outro blog, o Feminices e Cia.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Dinda coruja e feliz

Sim, eu sei, andei sumida. Desaparecida, na verdade... A “Síndrome da folha em branco” me alcançou e a inspiração para escrever desapareceu.
Mas eis que nesta quarta-feira, dia 21/03, aconteceu algo que simplesmente não posso deixar de compartilhar.
Uma das minhas três turmas de 3º ano do Ensino Médio fez uma surpresa linda para me convidar para ser paraninfa deles na sua formatura (detalhe: estamos em março e a formatura é somente em dezembro!).
Entrei na sala de aula e estava tudo escuro. Quando acendi as luzes eles estavam enfileirados uns ao lado dos outros, cada um segurando uma folha de papel com uma letra, onde se lia: “Andréia, aceita ser nossa dinda?” e outra folha com um coração escrito “Nós <3 você”. Eles também enfeitaram a sala com balões coloridos, e escreveram no quadro “Nós te amamos sua linda!”.
Além disso, ainda me presentearam com uma cesta enooooorme com 30 rosas (30 alunos = uma rosa para cada aluno) e um cartão lindíssimo! 



Óbvio que chorei né? Aliás, não só chorei como comecei a transpirar, a tremer e a gaguejar. Fiquei absolutamente feliz com tamanha demonstração de afeto e carinho!
Sei que muitos dirão: “Minha nossa! Mas como é exagerada! Foi só um convite p/ ser paraninfa de um 3º ano, e daí?”.
Bem, para aqueles que pensam assim, é preciso que eu esclareça que sou absolutamente apaixonada pela minha profissão e, principalmente, pelos alunos que fazem (e fizeram) parte da minha vida. Cada um deles é como se fosse um pedacinho de mim. Cada olhar carinhoso, cada sorriso, cada abraço que recebo deles é como se eu recebesse uma dose extra de felicidade. E eu realmente me importo com eles, com seus sentimentos. Com seus problemas, com suas conquistas, com suas alegrias. Sempre acreditei que demonstrações de amor e carinho são absolutamente essenciais e fazem bem tanto a quem as recebe quanto a quem as oferece. Por isso fiquei tão emocionada, feliz e lisonjeada com o convite, pois foi uma retribuição do carinho e amor que sempre lhes dedico.
Este post foi originalmente publicado no blog "De repente, 30...", no qual escrevo aos domingos.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Em breve...

Olá meus queridos!

Como vcs estão?

Venho até aqui hoje para informar a todos os meus amigos que logo logo o blog voltará à ativa.

Sinto muita saudades desse meu cantinho e também sinto saudades dos amigos que, diariamente, me brindavam com sua presença e carinho.

Em breve retornarei, também, as visitas nos blogs amigos.

É apenas questão de dias agora. Minha dissertação de mestrado já está quase pronta e então voltarei a ter tempo... Além disso, minha mãe, graças a Deus, já está melhor, e isso tirou o peso enorme que eu estava sentindo.
Agradeço muito todo o apoio que recebi!

Vocês prometem me aguardar? ;)

Um beijo enorme em cada um de vcs que sempre passa aqui deixar seu carinho!

Déia

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

'Fingi ser gari por 8 anos e vivi como um ser invisível'

Triste retrato da nossa sociedade...

 
 Psicólogo varreu as ruas da USP para concluir sua tese de mestrado da
 'invisibilidade pública'. Ele comprovou que, em geral, as pessoas
 enxergam apenas a função social do outro. Quem não está bem posicionado
 sob esse critério, vira mera sombra social.
  Plínio Delphino, Diário de São Paulo.



 O psicólogo social Fernando Braga da Costa vestiu uniforme e trabalhou
 oito anos como gari, varrendo ruas da Universidade de São Paulo. Ali,
 constatou que, ao olhar da maioria, os trabalhadores braçais são 'seres
 invisíveis, sem nome'. Em sua tese de mestrado, pela USP, conseguiu
 comprovar a existência da 'invisibilidade pública', ou seja, uma
 percepção humana totalmente prejudicada e condicionada à divisão
 social do trabalho, onde enxerga-se somente a função e não a pessoa.
 Braga trabalhava apenas meio período como gari, não recebia o salário de
 R$ 400 como os colegas de vassoura, mas garante que teve a maior lição
 de sua vida:

'Descobri que um simples bom dia, que nunca recebi como gari, pode
 significar um sopro de vida, um sinal da própria existência', explica o
 pesquisador.

O psicólogo sentiu na pele o que é ser tratado como um objeto e não
 como um ser humano. 'Professores que me abraçavam nos corredores da USP
 passavam por mim, não me reconheciam por causa do uniforme. Às vezes,
 esbarravam no meu ombro e, sem ao menos pedir desculpas, seguiam me
 ignorando, como se tivessem encostado em um poste, ou em um orelhão',
 diz.
 No primeiro dia de trabalho paramos pro café. Eles colocaram uma
 garrafa térmica sobre uma plataforma de concreto. Só que não tinha
 caneca. Havia um clima estranho no ar, eu era um sujeito vindo de outra
 classe, varrendo rua com eles. Os garis mal conversavam comigo, alguns
 se aproximavam para ensinar o serviço. Um deles foi até o latão de lixo
 pegou duas latinhas de refrigerante cortou as latinhas pela metade e
 serviu o café ali, na latinha suja e grudenta. E como a gente estava num
 grupo grande, esperei que eles se servissem primeiro. Eu nunca apreciei
 o sabor do café. Mas, intuitivamente, senti que deveria tomá-lo, e
 claro, não livre de sensações ruins. Afinal, o cara tirou as latinhas de
 refrigerante de dentro de uma lixeira, que tem sujeira, tem formiga, tem
 barata, tem de tudo. No momento em que empunhei a caneca improvisada,
 parece que todo mundo parou para assistir à cena, como se perguntasse:
 'E aí, o jovem rico vai se sujeitar a beber nessa caneca?' E eu bebi.
 Imediatamente a ansiedade parece que evaporou. Eles passaram a conversar
 comigo, a contar piada, brincar.

O que você sentiu na pele, trabalhando como gari?
 Uma vez, um dos garis me convidou pra almoçar no bandejão central. Aí
 eu entrei no Instituto de Psicologia para pegar dinheiro, passei pelo
 andar térreo, subi escada, passei pelo segundo andar, passei na
 biblioteca, desci a escada, passei em frente ao centro acadêmico, passei
 em frente a lanchonete, tinha muita gente conhecida. Eu fiz todo esse
 trajeto e ninguém em absoluto me viu. Eu tive uma sensação muito ruim. O
 meu corpo tremia como se eu não o dominasse, uma angustia, e a tampa da
 cabeça era como se ardesse, como se eu tivesse sido sugado. Fui almoçar,
 não senti o gosto da comida e voltei para o trabalho atordoado.

E depois de oito anos trabalhando como gari? Isso mudou?
 Fui me habituando a isso, assim como eles vão se habituando também a
 situações pouco saudáveis. Então, quando eu via um professor se
 aproximando - professor meu - até parava de varrer, porque ele ia passar
 por mim, podia trocar uma idéia, mas o pessoal passava como se tivesse
 passando por um poste, uma árvore, um orelhão.

E quando você volta para casa, para seu mundo real?
 Eu choro. É muito triste, porque, a partir do instante em que você está
 inserido nessa condição psicossocial, não se esquece jamais. Acredito
 que essa experiência me deixou curado da minha doença burguesa. Esses
 homens hoje são meus amigos. Conheço a família deles, freqüento a casa
 deles nas periferias. Mudei. Nunca deixo de cumprimentar um trabalhador.
 Faço questão de o trabalhador saber que eu sei que ele existe. Eles são
 tratados pior do que um animal doméstico, que sempre é chamado pelo
 nome. São tratados como se fossem uma 'COISA'.

Que isso possa nos servir de reflexão para que analisemos como temos tratado as pessoas que nos cercam...

Abraços a todos,
Déia
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